quarta-feira, 1 de maio de 2024

Para a História de Tauá: traços biográficos de Benone Teles de Sousa Vale, primeiro intendente municipal.


No próximo dia 03 de maio a cidade de Tauá, situada na região dos Inhamuns, sudoeste do Ceará, completará 222 anos de existência. Para comemorar a efeméride, encontra-se programada uma solenidade de reinauguração do Palácio Quinamuiú, sede do Poder Executivo[1], oportunidade em que será prestado o devido reconhecimento aos grandes vultos que ajudaram a construir a história daquela cidade.

Solenidade da Posse, em frente a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, do primeiro Governo Eleito em Tauá no ano de 1802. Autor: Afonso Lopes, 1963.

A propósito do evento, o Dr. Valdenor Neves Feitosa consultou-nos sobre informações a respeito do primeiro intendente municipal, Benone Teles de Sousa Vale, haja vista a escassez de fontes oficiais e bibliográficas. Segundo o consulente, presume-se apenas que o personagem tenha pertencido à família Feitosa, considerando que carregava os sobrenomes Sousa e Vale, intimamente ligados à mesma. A saída foi recorrer a registros eclesiásticos e aos jornais da época. Conhecendo um pouco sobre a ascendência e a parentela do personagem, é possível descortinar alguns apectos da vida pessoal, social e política do personagem.

 Benone Teles de Sousa Vale era filho do Dr. Manoel Marrocos Teles e de Benedicta Alves Feitosa e Vale (após casada, Benedicta Marrocos de Sousa Vale), casal cuja descedência deixou ainda os filhos Vicência Sousa Vale, Deocleciano Teles de Sousa Vale, Aristides Teles de Sousa Vale (n. 07.11.1861, b. 15.12.1861)[2], Maria Cezarina de Sousa Vale[3] e Matilde Teles de Sousa Vale.[4]

Manoel Marrocos Teles nasceu em 20 de agosto de 1819, na Vila do Crato, Ceará. Formou-se em Medicina, na Faculdade do Rio de Janeiro, no ano de 1849. Foi deputado provincial e chefe conservador no Cariri cearense. Casou-se com Ana Francisca de Oliveira. Teve um irmão padre, João Marrocos Teles, natural do Crato, pró-pároco de Missão Velha, depois do Crato, professor de latim, o qual faleceu ao socorrer as vítimas do cólera morbus.[5]

Pela linhagem paterna, eram avós de Benone Teles de Sousa Vale, José Joaquim Teles (1786-1833) e Bárbara Maria de Oliveira, ambos cratenses; ele filho do capitão Manoel Joaquim Teles, n. Itabaiana-SE, e de Matildes Francisca de Oliveira, n. Crato, e neto materno de Francisca Pereira de Oliveira (filha do José Pereira do Aço, de quem discorreremos posteriormente), n. Crato, e de Antônio José Batista e Melo, português, tenente-coronel, licenciado e diretor dos índios nos Cariris Novos; ela filha de Alexandre Leite de Oliveira e de D. Teresa Jesus Maria José, neta materna de Francisco de Oliveira Leite e de Senhora da Costa Couceiro, portugueses.[6]

Como visto, o berço dos Marrocos Teles era a Vila do Crato, onde o Dr. Manoel residia após formar-se em Medicina e atuava no combate ao cólera, por volta do ano de 1856. Era descrito como um médico hábil e caridoso, pertencente ao ciclo social do jornal O Araripe.[7] Também atuava como cirurgião, tendo amputado a perna do volante João Pereira dos Santos, por ocasião de violentos combates entre conservadores e liberais na eleição municipal de 1856.[8]

Poucos anos depois mudou-se para São João do Príncipe em razão de ter se casado com Benedita Alves Feitosa e Vale (após casada, Benedicta Marrocos de Sousa Vale), filha de Joaquim de Sousa Rego, do Arraial, e de Maria Madalena Feitosa e Vale. Joaquim era filho do capitão Vicente Ferreira de Sousa, tesoureiro da Sisa Real dos Inhamuns, descendente dos Moraes Rêgo do Piauí. Maria Madalena era filha do famoso Tenente-Coronel José do Vale Pedrosa (descendente direto de Francisco Alves Feitosa, patriarca da família Feitosa nos Inhamuns)[9] c.c. Ana Gonçalves Vieira Mimosa (do tronco Martins/Ferreira Chaves).

A amizade entres os Marrocos Teles e os Feitosas teve estreitou-se, provavelmente, após o Dr. Manoel Marrocos salvar a vida de Leandro Custódio de Oliveira e Castro Jucá, como este relatou, emocionadamente, em edição do jornal O Cearense, em 03 de julho 1854.[10] O casal Manoel Marrocos Teles e Benedita Alves Feitosa e Vale representava, portanto, a união de duas das famílias mais proeminentes do Cariri e dos Inhamuns, no século XIX, no Ceará.

Uma de suas filhas, Matilde Teles de Sousa Vale, casou-se com Deolindo Alves Feitosa, filho do coronel Joaquim Alves Feitosa c.c. Maria Madalena (filha do tenente Joaquim de Sousa Vale), porém aquela faleceu aos 21 anos, em dezembro de 1886, apenas 24 dias após o casamento[11], vindo o viúvo a contrair novas núpcias com a irmã de Matilde, Maria Czarina de Sousa Vale, costume muito em voga na época. Outro filho do Dr. Marrocos, Deocleciano Teles de Sousa Vale, casou-se com Maria da Glória, filha do mesmo cel. Joaquim e de Maria Madalena, união da qual resultaram cinco filhos[12], enquanto que o último dos varões, Aristides Teles de Sousa Vale, casou-se com Izabel Maria de Carvalho, em Jaicós, Piauí, em 20.09.1900.[13]

Animado pelo apoio da nova parentela, o Dr. Manoel Marrocos Teles, desta vez  ladeado pelos liberais Leandro Custódio de Oliveira e Castro Jucá e do tenente Joaquim Alves Feitosa (cunhado de sua esposa), figurou como candidato nas eleições de 1860 para vereador e juiz de paz na Vila de São João do Príncipe, mas enfrentou ferrenha oposição dos conservadores (grupo político liderado pelos Carcarás), os quais alardeavam “que quem precisasse de seus serviços médicos poderia ficar certo que morreria, isto apesar dos exorbitantes honorários que diziam cobrar”.[14] Uma vez eleito pelo Partido Liberal, ainda na metade do seu mandato desentendeu-se com o coronel Joaquim Leopoldino Araújo Chaves, e passou à oposição conservadora[15] e, em outubro de 1862, foi eleito para completar o mandato como deputado provincial na vaga de José Fernandes Vieira (chefe dos Carcarás), falecido naquele ano, vítima de cólera.[16]

Quis o destino que mais de um século depois se desentendessem, novamente, os Ferro e os Aço. Explica-se: Manoel Marrocos Teles, assim como o Pe. Cícero Romão Batista, era descendente do português José Pereira Aço,[17] enquanto que Leandro Custódio de Oliveira e Castro Jucá era tetraneto materno de Pedro Alves Feitosa, este irmão de Manoel Ferreira Ferro. Durante os anos 1734 a 1745, Manoel Ferreira Ferro e José Pereira Aço travaram uma intensa luta por terras que ambos possuíam no Brejo Grande, ambos no Ceará. O português levou a pior. Preso e remetido à Bahia, livrou-se anos depois, mas morreu de bexigas em Recife.[18]

Ao que parece, as críticas ao Dr. Manoel Marrocos, no tocante ao exercício da Medicina, não procediam. Em anúncio no jornal Pedro II, o médico anunciava seu trabalho na Vila de Fortaleza, com a observação de que atendia, gratuitamente, aos pobres, confira-se:[19]

“O Dr. Manoel Marrocos Telles pode ser procurado para visitas e consultas das 8 horas da manhâo ao meio dia, e em casos de urgencia a qualquer hora do dia ou da noite.

Nada quer das pessoas pobres. Aos seus conhecimentos theoricos reune uma pratica de 20 annos sobre clinica interna e externa.

Rua Amelia n. 125.”

Exerceu ainda as funções de professor de língua latina no Liceu do Ceará[20], delegado de polícia[21] e juiz municipal de Baturité.[22]

O filho Benone Teles de Sousa Vale nasceu em 1856 ou 1857.[23] Residia na Vila de São João dos Inhamuns e era tido como grande amador de música, tocava clarinete. Era tenente da 2ª Companhia da Guarda Nacional, do 40º Batalhão, da Comarca de São João dos Inhamuns, em 1889.[24]

Vindo de famílias inseridas na política da Vila de São João do Príncipe, seu destino não poderia ser outro. Quando os militares derrubaram o regime monárquico e instauraram a República, em 15.11.1889, as câmaras municipais foram dissolvidas e seus poderes, modificados. As vilas passaram à condição de municípios, e São João do Príncipe passou a se chamar São João dos Inhamuns, como forma de relegar ao ostracismo a lembrança imperial. Os presidentes das províncias foram habilitados a nomear os membros do Conselho de Intendência. Esses conselhos ficaram responsáveis, com exclusividade, pelo Poder Executivo Municipal, separando-o do Poder Legislativo, que continuou a cargo das Câmaras Municipais, uma vez que estas foram recompostas. Assim os intendentes foram os precursores do que hoje conhecemos como prefeitos, ainda que, nesta  primeira fase, fossem escolhidos dentre os vereadores e acumulassem as funções. É nesse cenário que o vereador pelo Partido Republicano Conservador (PRC) ou, simplesmente, Partido Conservador, Benone assume o cargo de intendente do Município de São João dos Inhamuns, em 1890.[25] Vale lembrar que a designação do Município como Tauá só seria atribuída em 1929.

O reconhecimento do novo regime ocorreu às três horas da tarde do dia 8 de dezembro de 1889, em solenidade presidida pelo Dr. Plácido Pinho Pessoa, juiz de Direito da Comarca, secretariado pelo tenente Lourenço Alves Feitosa e Castro. Segundo o historiador Billy Jaynes Chandler, poucas foram as reais mudanças conferidas aos municípios, destacando-se a concessão do poder nomear juízes de Direito, juízes municipais e promotores de Justiça, função até então exercida pelo Imperador. Também foi editada a Lei n.º 33, de 10 de novembro de 1892, que impunha aos municípios o dever de organizar uma força policial local, chamada de guarda municipal, medida que duraria pouco, pois em setembro de 1894 editou-se a Lei n.º 159, a qual conferiu poderes ao Presidente da Província para criar uma Polícia Militar do Estado e, posteriormente, em 1902, este  poder de polícia passou integralmente aos Estados.

De acordo com a Lei n.º 33, de 10 de novembro de 1892, primeira lei geral do Estado a regular a organização municipal, o intendente seria eleito dentre os vereadores da Câmara, para mandato de um ano.[26]

Ao mesmo tempo em que exercia suas funções como intendente, Benone Vale foi nomeado como coletor de rendas estaduais em 26 de agosto de 1890, em substituição a Manoel do Nascimento Mota.[27] Ainda não se conhecem os detalhes de sua administração, mas certamente existem e constam dos fundos do Arquivo Público do Estado do Ceará.

Faleceu às 20h:30min. do dia 09 de junho de 1930, após sofrer uma queda decorrente de uma apoplexia/congestão cerebral[28], enquanto tocava clarinete e seguia para a Vila de Arneiroz, a fim de desempenhar suas atividades como coletor de rendas. Estava na companhia de amigos, que iam assistir a uma festa religiosa de crisma na dita Vila, no dia seguinte, ministrada pelo padre Pedro Leopoldo. Não deixou viúva ou descendentes legítimos.

Segundo noticiado à época, sua morte foi motivo de grande choro e soluço por parte dos que acompanharam seu cortejo fúnebre às 3 ou 4 horas da tarde do dia seguinte, dada a quantidade de amigos que soube fazer e pela simpatia que a população por ele nutria. “Raro, bem raro, foi o que não derramou sentidíssima lágrima”.[29] Foi envolto num hábito preto e encomendado pelo padre Alexandre Ferreira Barreto.[30]

Sucedeu-lhe na coletoria de rendas o irmão Deocleciano Teles de Sousa Vale, enquanto que a Secretaria do Interior designou o dia 18 de agosto daquele ano para a eleição de um vereador para substituí-lo[31], que recaiu no irmão Aristides Teles de Sousa Vale, enquanto que para a intedência foi eleito José Freire Cidrão.[32]

É o patrono da cadeira n.º 32 da Academia Tauaense de Letras.[33]

 

Fortaleza-CE, 01 de maio de 2024.

Marcelo Henrique Feitosa Marcelino


REFERÊNCIAS

Relação das fontes

 

FONTES DOCUMENTAIS


2º Tabelionato da Comarca de Jaicós-PI (Cartório Nelito Silveira).


Livro de registros de matrimônios (1896-1902), fl. 85.

 

 

Arquivo da Diocese de Crateús, Ceará.


Livro de registro de batisado (1848-1862) e óbito (1856 a 1862) da Paróquia de Tauá, fl. 117v.


Livro de registro de óbitos (1885 a 1908) da Paróquia de Tauá, fl. 47v.


Arquivo Público do Estado do Ceará – APEC.

 

GUIA da Instrução Pública da Província do Ceará (1883-1889). Fortaleza, Arquivo Público do Estado do Ceará, 2008, 635p.

 

 

Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro – BNRJ

 

Jornal A República: Fusão do Libertador e Estado do Ceará, ano III, n.º 146, 30 jun.1894, (sábado).

Jornal A República: Fusão do Libertador e Estado do Ceará, ano III, n.º 156, 12 jul.1894 (quinta-feira).

Jornal A República: Fusão do Libertador e Estado do Ceará, ano III, n.º 292, 24 dez.1894 (segunda-feira).

Jornal Aurora Cearense: jornal ilustrado, litterario, scientifico e noticioso, ano I, n. º 16, ed. 06, 13 set. 1866 (domingo).

Jornal Libertador: orgam do centro republicano, ano X, n.º 199, p. 02, 01 set. de 1890 (segunda-feira).

Jornal Libertador: orgam dos interesses da Provincia, ano IV, nº 236, p. 03, 11 nov. 1884 (terça-feira).


Jornal O Cearense, ano VIII, n.º 752, p. 04, 8 ago. 1854 (terça-feira).


Jornal O Cearense: orgão liberal, ano XLI, n.º 01, 01. jan. 1887 (sábado).

Jornal O Cearense: orgão liberal, ano XLIII, nº 20, 24 jan. 1889 (segunda-feira).

Jornal O Sol: jornal literário, político e crítico, ano V, n.º 260, 26 jan.1862 (domingo).

Jornal Pedro II, ano 31, nº 281, p. 04, 06 dez. 1870 (terça-feira)

 

FONTES IMPRESSAS

Bibliografia

ALEXANDRE, Jucieldo Ferreira. Quando o “anjo do extermínio” se aproxima de nós: representações sobre o cólera no semanário cratense O Araripe (1855-1864). 2010. 245f. Dissertação (Mestrado em História) – UFPB/CCHLA, João Pessoa,  Paraíba, 2010.

 APARECIDA, Maria. Tauá comemora seus 222 anos em semana de inaugurações grandiosas. Disponível em https://www.taua.ce.gov.br/informa/1052/tau-comemora-seus-222-anos-em-semana-de-inaugura-e. Acesso em 30 abr. 2024, às 20h:28min.

CHANDLER, Billy Jaynes. Os Feitosas e os Sertões dos Inhamuns: a história de uma família e uma comunidade no Nordeste do Brasil – 1700-1930. Trad. de Alexandre F. Caskey e Ignácio R. P. Montenegro. Fortaleza, Edições UFC; Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1980. 213p.

COUTO, Cristina. As deposições e pacto dos coronéis no Cariri cearense. Disponível em  https://joaovicentemachado.com.br/2020/11/as-deposicoes-e-o-pacto-dos-coroneis-no-cariri-cearense.html. Acesso em 26.abr.2024, às 20h:36min.

FEITOSA, Leonardo. Tratado Genealógico da Família Feitosa. 2. ed. Fortaleza : Imprensa Oficial, 1985, 324p.

LIMA, Francisco Augusto de Araújo. Siará Grande: uma Província Portuguesa do Nordeste Oriental do Brasil. 4 volumes / Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora, 2016. 2.316p.

LEAL, Vinicius Antonius Holanda de Barros. História da Medicina no Ceará – Fortaleza, INESP, 2019, 250p.

MACEDO, Joaryvar. Povoamento e povoadores do Cariri cearense – Fortaleza: Secretaria de Cultura e Desporto, 1985, 275p.

MOTA, Aroldo. História Política de Tauá. Rio – São Paulo – Fortaleza : ABC Editora, 2002, 268p.

PATRONOS da Academia Tauaense de Letras. Disponível em https://academiatauaense.blogspot.com/. Acesso em 29.04.2024, às 22h:38min.

THEBERGE, Pedro. Esboço histórico sobre a província do Ceará. Tomo I, 2. ed. – Fortaleza: Henriqueta Galeno, 1973, 218p.



[1] APARECIDA, Maria. Tauá comemora seus 222 anos em semana de inaugurações grandiosas. Disponível em https://www.taua.ce.gov.br/informa/1052/tau-comemora-seus-222-anos-em-semana-de-inaugura-e. Acesso em 30 abr. 2024, às 20h:28min.

[2] Foram seus padrinhos: Joaquim de Sousa Vale, solteiro, e Maria Madalena de Sousa Vale, solteira. ASSENTO de nascimento de Aristides. Arquivo da Diocese de Crateús. Paróquia de Tauá. Livro de registro de batisados (1848-1862) e óbitos (1856 a 1862), fl. 117v.

[3] INHAMUNS. Cartas abertas. A República: Fusão do Libertador e Estado do Ceará, ano III, n.º 146, p. 03, 30.06.1894 (sábado). Os jornais da época registravam as grafias “Benone” ou, preferencialmente, “Benoni Telles Souza Valle”.

[4] FEITOSA, Leonardo. Tratado Genealógico da Família Feitosa. 2. ed. Fortaleza : Imprensa Oficial, 1985, p. 101.

[5] LIMA, Francisco Augusto de Araújo. Siará Grande: uma Província Portuguesa do Nordeste Oriental do Brasil. vol. 01 - Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora, 2016, p. 43. LEAL, Vinicius Antonius Holanda de Barros. História da Medicina no Ceará – Fortaleza, INESP, 2019, p. 187.

[6] Ibidem, p. 37 e 43.

[7] ALEXANDRE, Jucieldo Ferreira. Quando o “anjo do extermínio” se aproxima de nós: representações sobre o cólera no semanário cratense O Araripe (1855-1864). 2010. 245 f. Dissertação (Mestrado em História) – UFPB/CCHLA. João Pessoa, Paraíba, 2010, p. 53, 120, 132.

[8] COUTO, Cristina. As deposições e pacto dos coronéis no Cariri cearense. Disponível em  https://joaovicentemachado.com.br/2020/11/as-deposicoes-e-o-pacto-dos-coroneis-no-cariri-cearense.html. Acesso em 26.abr.2024, às 20h:36min.

[9] Vicente Ferreira de Sousa e José do Vale Pedrosa são pentavôs maternos deste autor.

[10] JUCÁ, Leandro Custódio de Oliveira e Castro. Ao publico [carta aberta]. O Cearense, ano VIII, n.º 752, p. 04, 8 ago. 1854 (terça-feira).

[11] FALLECIMENTO. O Cearense: orgão liberal, ano XLI, n.º 01, p. 02, 01. jan. 1887 (sábado).

[12] FEITOSA, Leonardo. Op. cit., p. 101 e 152.

[13]Assento de casamento de Aristides Telles de Souza Valle e Izabel Maria de Carvalho. 2º Tabelionato (Cartório Nelito Silveira). Livro de registro de casamentos (1896-1902), fl. 85.

[14] CHANDLER, Billy Jaynes. Os Feitosas e os Sertões dos Inhamuns: a história de uma família e uma comunidade no Nordeste do Brasil – 1700-1930. Trad. de Alexandre F. Caskey e Ignácio R. P. Montenegro. Fortaleza, Edições UFC; Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1980, p. 86.

[15] Em uma longa carta aberta ao público, publicada no jornal O Sol, Manoel Marrocos revelou que o rompimento com a família Feitosa ocorreu por meio de carta enviada ao Cel. Joaquim Leopoldino, em 24 de novembro de 1861. A proximidade com os conservadores e a pretensão de concorrer nas eleições estaduais foi o pomo da discórdia. TELLES, Manoel Marrocos. Carta aberta ao público. O Sol: jornal literário, político e crítico, ano V, n.º 260, p. 03-04, 26 jan.1862 (domingo).

[16] CHANDLER, Billy Jaynes, Op. cit., p. 89-90.

[17] MACEDO, Joaryvar. Povoamento e povoadores do Cariri cearense – Fortaleza: Secretaria de Cultura e Desporto, 1985, p. 43-44.

[18] THEBERGE, Pedro. Esboço histórico sobre a província do Ceará. Tomo I, 2. ed. – Fortaleza: Henriqueta Galeno, 1973, p. 155.

[19] MÉDICO para os pobres. Pedro II, ano 31, nº 281, p. 04, 06 dez. 1870 (terça-feira). A rua Amélia é a atual Senador Pompeu.

[20] GUIA da Instrução Pública da Província do Ceará (1883-1889). Fortaleza, Arquivo Público do Estado do Ceará, 2008, p. 15.

[21] SEMANARIO. Aurora Cearense: jornal ilustrado, litterario, scientifico e noticioso, ano I, n. º 16, ed. 06, p. 06, 13 set. 1866 (domingo).

[22] AO CAPITÃO A. Pinheiro C. Branco. Jornal Libertador. Diario da tarde. Orgam dos interesses da Provincia. Ano IV, nº 236, p. 03, 11 de novembro de 1884 (terça-feira).

[23] ASSENTO de óbito de Benoni Teles de Sousa Vale (nº 462). Diocese de Crateús. Paróquia de Tauá. Livro de Registros de batisado (1848-1862) e óbito (1856 a 1862), fl. 117v.

[24] ADMINISTRAÇÃO provincial. Jornal O Cearense: orgão liberal, ano nº 20, p. 01, 24 jan. 1889 (segunda-feira).

[25] MOTA, Aroldo. História Política de Tauá. Rio – São Paulo – Fortaleza : ABC Editora, 2002, p. 64

[26] CHANDLER, Billy Jaynes, Op. cit., p. 131-132.

[27] EXPEDIENTE do governo provisório. Estado do Ceará. Jornal Libertador, ano X, n.º 199, p. 02, 01 set. de 1890 (segunda-feira).

[28] O primeiro termo foi utilizado pelo jornal, enquanto que o segundo pelo padre que lavrou o assento de óbito. Referem-se ao que hoje conhecemos como Acidente Vascular Cerebral (AVC).

[29] INHAMUNS. Cartas abertas. A República: Fusão do Libertador e Estado do Ceará, Op. cit.

[30] ASSENTO de óbito de Benone Telles de Souza Valle. Diocese de Crateús. Paróquia de Tauá. Livro de Registros de óbitos (1885 a 1908), fl. 47v.

[31] EXPEDIENTE do dia 04 de julho de 1894. Secretaria do Interior. A República: Fusão do Libertador e Estado do Ceará, ano III, n.º 156, 12 jul. 1894 (quinta-feira).

[32] DECRETO da Câmara Municipal de S. João dos Inhamuns. A República: Fusão do Libertador e Estado do Ceará, ano III, n.º 292, 24 dez. 1894 (segunda-feira).

[33] PATRONOS da Academia Tauaense de Letras. Disponível em https://academiatauaense.blogspot.com/. Acesso em 29.04.2024, às 22h:38min.

Para a História de Tauá: traços biográficos de Benone Teles de Sousa Vale, primeiro intendente municipal.

No próximo dia 03 de maio a cidade de Tauá, situada na região dos Inhamuns, sudoeste do Ceará, completará 222 anos de existência. Para comem...