No próximo dia 03 de maio a cidade de Tauá, situada na região dos Inhamuns, sudoeste do Ceará, completará 222 anos de existência. Para comemorar a efeméride, encontra-se programada uma solenidade de reinauguração do Palácio Quinamuiú, sede do Poder Executivo[1], oportunidade em que será prestado o devido reconhecimento aos grandes vultos que ajudaram a construir a história daquela cidade.
Solenidade
da Posse, em frente a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, do primeiro Governo
Eleito em Tauá no ano de 1802. Autor: Afonso Lopes, 1963.
A
propósito do evento, o Dr. Valdenor Neves Feitosa consultou-nos sobre
informações a respeito do primeiro intendente municipal, Benone Teles de Sousa
Vale, haja vista a escassez de fontes oficiais e bibliográficas. Segundo o
consulente, presume-se apenas que o personagem tenha pertencido à família
Feitosa, considerando que carregava os sobrenomes Sousa e Vale, intimamente
ligados à mesma. A saída foi recorrer a registros eclesiásticos e aos jornais
da época. Conhecendo um pouco sobre a ascendência e a parentela do personagem,
é possível descortinar alguns apectos da vida pessoal, social e política do
personagem.
Benone Teles de Sousa Vale era filho do Dr.
Manoel Marrocos Teles e de Benedicta Alves Feitosa e Vale (após casada,
Benedicta Marrocos de Sousa Vale), casal cuja descedência deixou ainda os
filhos Vicência Sousa Vale, Deocleciano Teles de Sousa Vale, Aristides Teles de
Sousa Vale (n. 07.11.1861, b. 15.12.1861)[2], Maria Cezarina de Sousa
Vale[3] e Matilde Teles de Sousa
Vale.[4]
Manoel
Marrocos Teles nasceu em 20 de agosto de 1819, na Vila do Crato, Ceará.
Formou-se em Medicina, na Faculdade do Rio de Janeiro, no ano de 1849. Foi
deputado provincial e chefe conservador no Cariri cearense. Casou-se com Ana
Francisca de Oliveira. Teve um irmão padre, João Marrocos Teles, natural do
Crato, pró-pároco de Missão Velha, depois do Crato, professor de latim, o qual faleceu
ao socorrer as vítimas do cólera morbus.[5]
Pela
linhagem paterna, eram avós de Benone Teles de Sousa Vale, José Joaquim Teles
(1786-1833) e Bárbara Maria de Oliveira, ambos cratenses; ele filho do capitão
Manoel Joaquim Teles, n. Itabaiana-SE, e de Matildes Francisca de Oliveira, n.
Crato, e neto materno de Francisca Pereira de Oliveira (filha do José Pereira
do Aço, de quem discorreremos posteriormente), n. Crato, e de Antônio José
Batista e Melo, português, tenente-coronel, licenciado e diretor dos índios nos
Cariris Novos; ela filha de Alexandre Leite de Oliveira e de D. Teresa Jesus
Maria José, neta materna de Francisco de Oliveira Leite e de Senhora da Costa
Couceiro, portugueses.[6]
Como
visto, o berço dos Marrocos Teles era a Vila do Crato, onde o Dr. Manoel
residia após formar-se em Medicina e atuava no combate ao cólera, por volta do
ano de 1856. Era descrito como um médico hábil e caridoso,
pertencente ao ciclo social do jornal O Araripe.[7] Também atuava como
cirurgião, tendo amputado a perna do volante João Pereira dos Santos, por
ocasião de violentos combates entre conservadores e liberais na eleição
municipal de 1856.[8]
Poucos
anos depois mudou-se para São João do Príncipe em razão de ter se casado com
Benedita Alves Feitosa e Vale (após casada, Benedicta Marrocos de Sousa Vale),
filha de Joaquim de Sousa Rego, do Arraial, e de Maria Madalena Feitosa e Vale.
Joaquim era filho do capitão Vicente Ferreira de Sousa, tesoureiro da Sisa Real
dos Inhamuns, descendente dos Moraes Rêgo do Piauí. Maria Madalena era filha do
famoso Tenente-Coronel José do Vale Pedrosa (descendente direto de Francisco
Alves Feitosa, patriarca da família Feitosa nos Inhamuns)[9] c.c. Ana Gonçalves Vieira
Mimosa (do tronco Martins/Ferreira Chaves).
A
amizade entres os Marrocos Teles e os Feitosas teve estreitou-se, provavelmente,
após o Dr. Manoel Marrocos salvar a vida de Leandro Custódio de Oliveira e
Castro Jucá, como este relatou, emocionadamente, em edição do jornal O
Cearense, em 03 de julho 1854.[10] O casal Manoel Marrocos
Teles e Benedita Alves Feitosa e Vale representava, portanto, a união de duas
das famílias mais proeminentes do Cariri e dos Inhamuns, no século XIX, no
Ceará.
Uma de suas filhas, Matilde Teles de Sousa Vale, casou-se com Deolindo Alves
Feitosa, filho do coronel Joaquim Alves Feitosa c.c. Maria Madalena (filha do
tenente Joaquim de Sousa Vale), porém aquela faleceu aos 21 anos, em dezembro
de 1886, apenas 24 dias após o casamento[11], vindo o viúvo a contrair
novas núpcias com a irmã de Matilde, Maria Czarina de Sousa Vale, costume muito
em voga na época. Outro filho do Dr. Marrocos, Deocleciano Teles de Sousa Vale,
casou-se com Maria da Glória, filha do mesmo cel. Joaquim e de Maria Madalena,
união da qual resultaram cinco filhos[12], enquanto que o último
dos varões, Aristides Teles de Sousa Vale, casou-se com Izabel Maria de
Carvalho, em Jaicós, Piauí, em 20.09.1900.[13]
Animado
pelo apoio da nova parentela, o Dr. Manoel Marrocos Teles, desta vez ladeado pelos liberais Leandro Custódio de
Oliveira e Castro Jucá e do tenente Joaquim Alves Feitosa (cunhado de sua
esposa), figurou como candidato nas eleições de 1860 para vereador e juiz de
paz na Vila de São João do Príncipe, mas enfrentou ferrenha oposição dos
conservadores (grupo político liderado pelos Carcarás), os quais alardeavam “que
quem precisasse de seus serviços médicos poderia ficar certo que morreria, isto
apesar dos exorbitantes honorários que diziam cobrar”.[14] Uma vez eleito pelo
Partido Liberal, ainda na metade do seu mandato desentendeu-se com o coronel
Joaquim Leopoldino Araújo Chaves, e passou à oposição conservadora[15] e, em outubro de 1862,
foi eleito para completar o mandato como deputado provincial na vaga de José
Fernandes Vieira (chefe dos Carcarás), falecido naquele ano, vítima de cólera.[16]
Quis
o destino que mais de um século depois se desentendessem, novamente, os Ferro e
os Aço. Explica-se: Manoel Marrocos Teles, assim como o Pe. Cícero Romão
Batista, era descendente do português José Pereira Aço,[17] enquanto que Leandro
Custódio de Oliveira e Castro Jucá era tetraneto materno de Pedro Alves
Feitosa, este irmão de Manoel Ferreira Ferro. Durante os anos 1734 a 1745, Manoel
Ferreira Ferro e José Pereira Aço travaram uma intensa luta por terras que
ambos possuíam no Brejo Grande, ambos no Ceará. O português levou a pior. Preso
e remetido à Bahia, livrou-se anos depois, mas morreu de bexigas em Recife.[18]
Ao
que parece, as críticas ao Dr. Manoel Marrocos, no tocante ao exercício da
Medicina, não procediam. Em anúncio no jornal Pedro II, o médico anunciava seu
trabalho na Vila de Fortaleza, com a observação de que atendia, gratuitamente,
aos pobres, confira-se:[19]
“O Dr. Manoel Marrocos Telles pode ser
procurado para visitas e consultas das 8 horas da manhâo ao meio dia, e em
casos de urgencia a qualquer hora do dia ou da noite.
Nada quer das pessoas pobres. Aos seus
conhecimentos theoricos reune uma pratica de 20 annos sobre clinica interna e
externa.
Rua Amelia n. 125.”
Exerceu
ainda as funções de professor de língua latina no Liceu do Ceará[20], delegado de polícia[21] e juiz municipal de
Baturité.[22]
O
filho Benone Teles de Sousa Vale nasceu em 1856 ou 1857.[23] Residia na Vila de São
João dos Inhamuns e era tido como grande amador de música, tocava clarinete.
Era tenente da 2ª Companhia da Guarda Nacional, do 40º Batalhão, da Comarca de
São João dos Inhamuns, em 1889.[24]
Vindo
de famílias inseridas na política da Vila de São João do Príncipe, seu destino não
poderia ser outro. Quando os militares derrubaram o regime monárquico e
instauraram a República, em 15.11.1889, as câmaras municipais foram dissolvidas
e seus poderes, modificados. As vilas passaram à condição de municípios, e São
João do Príncipe passou a se chamar São João dos Inhamuns, como forma de relegar
ao ostracismo a lembrança imperial. Os presidentes das províncias foram
habilitados a nomear os membros do Conselho de Intendência. Esses conselhos
ficaram responsáveis, com exclusividade, pelo Poder Executivo Municipal,
separando-o do Poder Legislativo, que continuou a cargo das Câmaras Municipais,
uma vez que estas foram recompostas. Assim os intendentes foram os precursores
do que hoje conhecemos como prefeitos, ainda que, nesta primeira fase, fossem escolhidos dentre os
vereadores e acumulassem as funções. É nesse cenário que o vereador pelo
Partido Republicano Conservador (PRC) ou, simplesmente, Partido Conservador,
Benone assume o cargo de intendente do Município de São João dos Inhamuns, em
1890.[25]
Vale lembrar que a designação do Município como Tauá só seria atribuída em 1929.
O
reconhecimento do novo regime ocorreu às três horas da tarde do dia 8 de
dezembro de 1889, em solenidade presidida pelo Dr. Plácido Pinho Pessoa, juiz
de Direito da Comarca, secretariado pelo tenente Lourenço Alves Feitosa e
Castro. Segundo o historiador Billy Jaynes Chandler, poucas foram as reais
mudanças conferidas aos municípios, destacando-se a concessão do poder nomear
juízes de Direito, juízes municipais e promotores de Justiça, função até então
exercida pelo Imperador. Também foi editada a Lei n.º 33, de 10 de novembro de
1892, que impunha aos municípios o dever de organizar uma força policial local,
chamada de guarda municipal, medida que duraria pouco, pois em setembro de 1894
editou-se a Lei n.º 159, a qual conferiu poderes ao Presidente da Província
para criar uma Polícia Militar do Estado e, posteriormente, em 1902, este poder de polícia passou integralmente aos
Estados.
De
acordo com a Lei n.º 33, de 10 de novembro de 1892, primeira lei geral do
Estado a regular a organização municipal, o intendente seria eleito dentre os
vereadores da Câmara, para mandato de um ano.[26]
Ao
mesmo tempo em que exercia suas funções como intendente, Benone Vale foi
nomeado como coletor de rendas estaduais em 26 de agosto de 1890, em
substituição a Manoel do Nascimento Mota.[27] Ainda
não se conhecem os detalhes de sua administração, mas certamente existem e
constam dos fundos do Arquivo Público do Estado do Ceará.
Faleceu
às 20h:30min. do dia 09 de junho de 1930, após sofrer uma queda decorrente de
uma apoplexia/congestão cerebral[28], enquanto
tocava clarinete e seguia para a Vila de Arneiroz, a fim de desempenhar suas
atividades como coletor de rendas. Estava na companhia de amigos, que iam assistir
a uma festa religiosa de crisma na dita Vila, no dia seguinte, ministrada pelo
padre Pedro Leopoldo. Não deixou viúva ou descendentes legítimos.
Segundo
noticiado à época, sua morte foi motivo de grande choro e soluço por parte dos
que acompanharam seu cortejo fúnebre às 3 ou 4 horas da tarde do dia seguinte,
dada a quantidade de amigos que soube fazer e pela simpatia que a população por
ele nutria. “Raro, bem raro, foi o que não derramou sentidíssima lágrima”.[29]
Foi envolto num hábito preto e encomendado pelo padre Alexandre Ferreira
Barreto.[30]
Sucedeu-lhe
na coletoria de rendas o irmão Deocleciano Teles de Sousa Vale, enquanto que a
Secretaria do Interior designou o dia 18 de agosto daquele ano para a eleição
de um vereador para substituí-lo[31],
que recaiu no irmão Aristides Teles de Sousa Vale, enquanto que para a
intedência foi eleito José Freire Cidrão.[32]
É
o patrono da cadeira n.º 32 da Academia Tauaense de Letras.[33]
Fortaleza-CE, 01 de maio de 2024.
Marcelo Henrique Feitosa Marcelino
REFERÊNCIAS
Relação das fontes
FONTES DOCUMENTAIS
2º Tabelionato da Comarca de Jaicós-PI (Cartório Nelito Silveira).
Livro de registros
de matrimônios (1896-1902), fl. 85.
Arquivo da Diocese
de Crateús, Ceará.
Livro de registro de batisado (1848-1862) e óbito (1856 a 1862) da Paróquia de
Tauá, fl. 117v.
Livro de registro de óbitos (1885 a 1908) da Paróquia de Tauá, fl. 47v.
Arquivo Público do
Estado do Ceará – APEC.
GUIA da Instrução
Pública da Província do Ceará (1883-1889). Fortaleza, Arquivo Público do Estado
do Ceará, 2008, 635p.
Biblioteca
Nacional do Rio de Janeiro – BNRJ
Jornal A
República: Fusão do Libertador e Estado do Ceará, ano III, n.º 146, 30
jun.1894, (sábado).
Jornal A República: Fusão do Libertador e Estado do Ceará, ano III, n.º 156, 12 jul.1894 (quinta-feira).
Jornal A República: Fusão do Libertador e Estado do Ceará, ano III, n.º 292, 24 dez.1894 (segunda-feira).
Jornal Aurora Cearense: jornal ilustrado, litterario, scientifico e noticioso, ano I, n. º 16, ed. 06, 13 set. 1866 (domingo).
Jornal Libertador: orgam do centro republicano, ano X, n.º 199, p. 02, 01 set. de 1890 (segunda-feira).
Jornal Libertador: orgam dos interesses da Provincia, ano IV, nº 236, p. 03, 11 nov. 1884 (terça-feira).
Jornal O Cearense, ano VIII, n.º 752, p. 04, 8 ago. 1854 (terça-feira).
Jornal O Cearense: orgão liberal, ano XLI, n.º 01, 01. jan. 1887 (sábado).
Jornal O Cearense: orgão liberal, ano XLIII, nº 20, 24 jan. 1889 (segunda-feira).
Jornal O Sol: jornal literário, político e crítico, ano V, n.º 260, 26 jan.1862 (domingo).
Jornal Pedro II, ano 31, nº 281, p. 04, 06 dez. 1870 (terça-feira)
FONTES IMPRESSAS
Bibliografia
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APARECIDA, Maria. Tauá comemora seus 222 anos em semana de inaugurações grandiosas. Disponível em https://www.taua.ce.gov.br/informa/1052/tau-comemora-seus-222-anos-em-semana-de-inaugura-e. Acesso em 30 abr. 2024, às 20h:28min.
CHANDLER, Billy Jaynes. Os Feitosas e os Sertões dos Inhamuns: a história de uma família e uma comunidade no Nordeste do Brasil – 1700-1930. Trad. de Alexandre F. Caskey e Ignácio R. P. Montenegro. Fortaleza, Edições UFC; Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1980. 213p.
COUTO, Cristina. As deposições e pacto dos coronéis no Cariri cearense. Disponível em https://joaovicentemachado.com.br/2020/11/as-deposicoes-e-o-pacto-dos-coroneis-no-cariri-cearense.html. Acesso em 26.abr.2024, às 20h:36min.
FEITOSA, Leonardo. Tratado Genealógico da Família Feitosa. 2. ed. Fortaleza : Imprensa Oficial, 1985, 324p.
LIMA, Francisco Augusto de Araújo. Siará Grande: uma Província Portuguesa do Nordeste Oriental do Brasil. 4 volumes / Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora, 2016. 2.316p.
LEAL, Vinicius Antonius Holanda de Barros. História da Medicina no Ceará – Fortaleza, INESP, 2019, 250p.
MACEDO, Joaryvar. Povoamento e povoadores do Cariri cearense – Fortaleza: Secretaria de Cultura e Desporto, 1985, 275p.
MOTA, Aroldo. História Política de Tauá. Rio – São Paulo – Fortaleza : ABC Editora, 2002, 268p.
PATRONOS da Academia Tauaense de Letras. Disponível em https://academiatauaense.blogspot.com/. Acesso em 29.04.2024, às 22h:38min.
THEBERGE, Pedro. Esboço histórico sobre a província do Ceará. Tomo I, 2. ed. – Fortaleza: Henriqueta Galeno, 1973, 218p.
[1] APARECIDA, Maria. Tauá comemora
seus 222 anos em semana de inaugurações grandiosas. Disponível em https://www.taua.ce.gov.br/informa/1052/tau-comemora-seus-222-anos-em-semana-de-inaugura-e.
Acesso em 30 abr. 2024, às 20h:28min.
[2] Foram seus padrinhos:
Joaquim de Sousa Vale, solteiro, e Maria Madalena de Sousa Vale, solteira. ASSENTO
de nascimento de Aristides. Arquivo da Diocese de Crateús. Paróquia
de Tauá. Livro de registro de batisados (1848-1862) e óbitos (1856 a 1862), fl.
117v.
[3] INHAMUNS. Cartas abertas. A
República: Fusão do Libertador e Estado do Ceará, ano III, n.º 146, p. 03,
30.06.1894 (sábado). Os jornais da época registravam as grafias “Benone” ou, preferencialmente,
“Benoni Telles Souza Valle”.
[4] FEITOSA, Leonardo. Tratado
Genealógico da Família Feitosa. 2. ed. Fortaleza : Imprensa Oficial, 1985,
p. 101.
[5] LIMA, Francisco Augusto de Araújo. Siará
Grande: uma Província Portuguesa do Nordeste Oriental do Brasil. vol. 01 -
Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora, 2016, p. 43. LEAL, Vinicius Antonius
Holanda de Barros. História da Medicina no Ceará – Fortaleza, INESP,
2019, p. 187.
[6] Ibidem, p. 37 e 43.
[7] ALEXANDRE, Jucieldo Ferreira. Quando
o “anjo do extermínio” se aproxima de nós: representações sobre o cólera no
semanário cratense O Araripe (1855-1864). 2010. 245 f. Dissertação
(Mestrado em História) – UFPB/CCHLA. João Pessoa, Paraíba, 2010, p. 53, 120,
132.
[8] COUTO, Cristina. As deposições
e pacto dos coronéis no Cariri cearense. Disponível em https://joaovicentemachado.com.br/2020/11/as-deposicoes-e-o-pacto-dos-coroneis-no-cariri-cearense.html.
Acesso em 26.abr.2024, às 20h:36min.
[9] Vicente Ferreira de Sousa e José
do Vale Pedrosa são pentavôs maternos deste autor.
[10] JUCÁ, Leandro Custódio de Oliveira
e Castro. Ao publico [carta aberta]. O Cearense, ano VIII, n.º 752, p.
04, 8 ago. 1854 (terça-feira).
[11] FALLECIMENTO. O Cearense:
orgão liberal, ano XLI, n.º 01, p. 02, 01. jan. 1887 (sábado).
[12] FEITOSA, Leonardo. Op. cit.,
p. 101 e 152.
[13]Assento
de casamento de Aristides Telles de Souza Valle e Izabel Maria de Carvalho.
2º Tabelionato (Cartório Nelito Silveira). Livro de registro de casamentos
(1896-1902), fl. 85.
[14] CHANDLER, Billy Jaynes. Os
Feitosas e os Sertões dos Inhamuns: a história de uma família e uma
comunidade no Nordeste do Brasil – 1700-1930. Trad. de Alexandre F. Caskey e
Ignácio R. P. Montenegro. Fortaleza, Edições UFC; Rio de Janeiro, Civilização
Brasileira, 1980, p. 86.
[15] Em uma longa carta aberta ao
público, publicada no jornal O Sol, Manoel Marrocos revelou que o rompimento
com a família Feitosa ocorreu por meio de carta enviada ao Cel. Joaquim
Leopoldino, em 24 de novembro de 1861. A proximidade com os conservadores e a
pretensão de concorrer nas eleições estaduais foi o pomo da discórdia. TELLES,
Manoel Marrocos. Carta aberta ao público. O Sol: jornal literário,
político e crítico, ano V, n.º 260, p. 03-04, 26 jan.1862 (domingo).
[16] CHANDLER, Billy Jaynes, Op. cit.,
p. 89-90.
[17] MACEDO, Joaryvar. Povoamento e
povoadores do Cariri cearense – Fortaleza: Secretaria de Cultura e
Desporto, 1985, p. 43-44.
[18] THEBERGE, Pedro. Esboço
histórico sobre a província do Ceará. Tomo I, 2. ed. – Fortaleza: Henriqueta
Galeno, 1973, p. 155.
[19] MÉDICO para os pobres. Pedro II,
ano 31, nº 281, p. 04, 06 dez. 1870 (terça-feira). A rua Amélia é a atual
Senador Pompeu.
[20] GUIA da Instrução Pública da
Província do Ceará (1883-1889). Fortaleza, Arquivo Público do Estado do Ceará,
2008, p. 15.
[21] SEMANARIO. Aurora Cearense:
jornal ilustrado, litterario, scientifico e noticioso, ano I, n. º 16, ed. 06,
p. 06, 13 set. 1866 (domingo).
[22] AO CAPITÃO A. Pinheiro C. Branco.
Jornal Libertador. Diario da tarde. Orgam dos interesses da Provincia.
Ano IV, nº 236, p. 03, 11 de novembro de 1884 (terça-feira).
[23] ASSENTO de óbito de Benoni Teles
de Sousa Vale (nº 462). Diocese de Crateús. Paróquia de Tauá. Livro de
Registros de batisado (1848-1862) e óbito (1856 a 1862), fl. 117v.
[24] ADMINISTRAÇÃO provincial. Jornal O
Cearense: orgão liberal, ano nº 20, p. 01, 24 jan. 1889 (segunda-feira).
[25] MOTA, Aroldo. História Política
de Tauá. Rio – São Paulo – Fortaleza : ABC Editora, 2002, p. 64
[26] CHANDLER, Billy Jaynes, Op.
cit., p. 131-132.
[27] EXPEDIENTE do governo provisório.
Estado do Ceará. Jornal Libertador, ano X, n.º 199, p. 02, 01 set. de
1890 (segunda-feira).
[28] O primeiro termo foi utilizado
pelo jornal, enquanto que o segundo pelo padre que lavrou o assento de óbito.
Referem-se ao que hoje conhecemos como Acidente Vascular Cerebral (AVC).
[29] INHAMUNS. Cartas abertas. A
República: Fusão do Libertador e Estado do Ceará, Op. cit.
[30] ASSENTO de óbito de Benone Telles
de Souza Valle. Diocese de Crateús. Paróquia de Tauá. Livro de Registros de
óbitos (1885 a 1908), fl. 47v.
[31] EXPEDIENTE do dia 04 de julho de
1894. Secretaria do Interior. A República: Fusão do Libertador e Estado
do Ceará, ano III, n.º 156, 12 jul. 1894 (quinta-feira).
[32] DECRETO da Câmara Municipal de S.
João dos Inhamuns. A República: Fusão do Libertador e Estado do Ceará, ano
III, n.º 292, 24 dez. 1894 (segunda-feira).
[33] PATRONOS da Academia Tauaense de Letras. Disponível em https://academiatauaense.blogspot.com/. Acesso em 29.04.2024, às
22h:38min.






